
O livro
infanto-juvenil, que a princípio parece ter encontrado grande resistência numa sociedade mediatizada e dominada pela secundarização do texto em prol de versões mas requintadas e consequentemente mais elaboradas. Tem vindo a estabelecer-se com grande sucesso no mercado editorial brasileiro como uma área em franca expansão, abandonando pouco a pouco o estatuto de género literário menor. Tendo como público-alvo uma camada etária que vai da pré-primária até ao grupo de jovens secundários, o conteúdo desses textos é amplo e apresenta vasta gama de opções, sendo também bastante criterioso o nível de exigência literária, estética ou ético-moral que veicula.
No Brasil a literatura
infanto-juvenil é um ramo da
literatura, dedicada especialmente às
crianças e adolescentes. Sendo que a literatura infantil está destinada especialmente às crianças entre dois a dez anos de idade e a literatura juvenil é dedicada a leitores entre dez a quinze anos de idade.
Mesmo sabendo dessa legislação as editorias brasileiras estão transformando a censura para que fique mais ampla e assim consigam iludir os leitores com argumentos fantasiosos e evasivos, afím de obter mais consumidores.
Livros mundialmente reconhecidos como
Best-sellers voltado para o
publico jovens-adultos enchem as prateleiras das
livrarias brasileiras na categoria
infanto-juvenil para qualquer criança de
10 anos consumir.
A editora Galera Record anunciou em alto e bom tom o seu publico alvo “Nosso público alvo é de 10 á 20 e muitos anos”, afirmou em seu site oficial.
No entanto, os livros em questão são vendidos em seus respectivos países como conteúdo para jovens-adultos e não recomendados para menores de 15 anos.

A série de livros
Crepúsculo que além de estar fazendo grande sucesso lá fora e respectivamente aqui, está
catalogado em seu
país de origem como literatura para
jovens-adultos e não recomendada para menores por obter
conteúdo violento. Outro exemplo é a série
A Rainha da Fofoca da aclamada e reconhecida
Meg Cabot, a obra está catalogada em seu site oficial como literatura para
jovens-adultos e também está em todas as livrarias americanas com essa catalogação por obter
conteúdo de sexo e vocabulário inadequado para menores de idade.

A nossa queridinha
viciada em compras Becky Bloom da renomada autora inglesa
Sophie Kinsella, também está catalogado na sessão
infanto-juvenil nas
prateleiras brasileiras, mesmo o seu conteúdo sendo
extremamento inadequado para menores por conter
apologia direta ao consumo compulsivo e a cartões de crédito estourados.

Com tudo isso o que podemos pensar?
Será mesmo uma nova alternativa das editoras brasileiras para quebrar o rótulo onde somente criança pode consumir livros infanto-juvenis ou uma grande campanha visando conseguir um maior número de leitores para assim obter maiores vendas e consequentemente mais lucro?

É exatamente esse
tema que
abordo em uma
matéria de minha autoria vinculada no
jornal da minha faculdade. Decidi
disponibilizar esse
conteúdo no meu
blog pessoal porque tem tudo haver com o
assunto que abordo frequentemente aqui. Pois sou leitora assídua de literatura
“infanto-juvenil” e sei que muitos de
vocês também.
Link para baixar a matéria que fiz para o jornal da faculdade, intitulada "Um Mundo Literário sem Fronteiras"Boa leitura!
Por Nathália Nóbrega
10 comentários:
Nathalia, quando eu trabalhava na livraria eu tinha um xodo muito gde pela parte da literatura infanto. Tanto é que minha chefe logo de cara, me deu ela pra eu cuidar. Pessoas disseram que ninguem tomou conta tão bem assim. A não ser ela mesmo.
Eu tinha clientes de todas as idades e aprendi muito com eles.
Quando alguem chega em casa e vêem meus livros, logo digo que não tenho vergonha. Melhor ler uma ficção literaria infanto do qeu um auto- ajuda de apoio moral. Desculpe não preciso de livros de apoio moral.
Amei seu poste, e adoro sua escrita.
bjus e obrigado pelo carinho...
Gosto e amo seus comentários porque me fazem bem.
bjus
XX Henrique Teixeira
Esse post está perfeito!!!
Parabéns pela sua matéria. Recomendo a todos que façam o download e também leiam.
Acredito que a nossa legislação é muito displicente em regular a categorização das obras literárias. Dessa forma as editoras deitam e rolam. Em tempos que comemoramos o aumento na quantidade de leitores juvenis, as editoras só interpretam essa informação como um aumento nos lucros.
Não tenho gabarito para julgar todos esses livros que estão na moda, mas não consigo parar de contestar se alguns livros tem a linguagem apropriada para que crianças de dez anos.
Toda censura é burra, mas a ganância dessas grandes corporações estão se aproveitando desse jargão para corromper as ingênuas mentes das nossas crianças. Podemos ver essa alienação nos programas de auditório, nas novelas, músicas, PROPAGANDAS... Infelizmente também vemos isso em nossos adoráveis e calorosos livros.
As vezes o esforço é tão grande para construirmos uma sociedade brasileira composta de pessoas alfabetizadas e firmes nos grandioso ato de ler, que dá pena tirar um livro das prateleiras infanto-juvenil. Acredito que nada deve ser retirado de uma livraria, devem apenas serem postos em suas devidas categorias para que seus leitores (principalmente as crianças) tenham uma saudável e prazerosa evolução literária.
Interessante seu post e o seu ponto de vista!
Eu não costumo ler infanto por puro preconceito(eu confesso)ás vezes por achar que o conteúdo não vai ser legal,por achar que já passei da adolecencia e não to afim de ler sobre coisas pelas quais eu já passei...Okay é puro subjulgamento meu...
Mas vendo pelo seu angulo, vou começar a ampilar meu campo de visão em realção a isso!
Ah tiro fotos de hobbie e meia amadora faz uns 4 anos...Tô pensando em fazer um curso de fotografia e comprar uma maquina nova pra poder ser profissional!Por enquanto só brinco e aprendo ;)
Humm já consegui ligar meus neuronios pra mintar uma estratégia de mkt pra minha amiga!
Beijoaparece!
Achei bem interessante esse post!! Não tinha parado pra pensar nisso antes...
Bjs
aah, obrigada. :D
o terceiro vai ter foto. vou usá-lo na festa da minha prima. xD
auehauheaheaheha.
aai que coisa. a Kessy tá morando em Recife agora, fazendo faculdade. eu queria morar perto. DDD:
vi não. D:
quando minha lista diminuir visito o Haitou e procuro. \o/
nee, otakus assumidas. \o\o\
nee, você tem todos os livros do Diário da Princesa? D:
eu queeeeeero. >_<
OMG. tu é mesmo fã da Meg. eu queria todos os livros dela. :/
também queria que a escola onde estudo tivesse jornal. tava até combinando com umas amigas pra a gente falar com o coordenador e a dona da escola. :D
ótimo post. :D
http://www.prixty.blogspot.com
Adorei!!!
Não tinha visto por esse angulo das editoras e livrarias em arrebanhar esse público inadequado pra esse tipo de livro.
Uma vez vi uma entrevista do Rob Pattinson dizendo que uma menina de uns 7, 8 anos cheia de "T" dizendo pra ele mordê-la. Acho que leitura é uma coisa maravilhosa, mas também tem que ser adequada.
Adorei sua matéria!!!
Parabéns jornalista!
E o quarto livro da saga twilight já tá na pré-venda no submarino... Tá acabando... E os filmes só tão no início... Sinceramente... "Deus nos ajude"!
>.< ][_ {[]} ][_
_(_ hahaha
Eu amo livros, mais parece mesmo que as pessoas os tão deixando de lado eu vejo um blogger que fala sobre sei lá as monster high e tem cento e alguma coisa de seguidores e um blogger que mostra o prazer de ler um livro só tem 70 é muiito foda ver onde a nossa sociedade estupida esta chegando nem todos vão concorda mais os livros tão ficando cada vez mas de lado e sendo trocado por filmes gosto de filmes mais nos livros a gente viaja mesmo gostei muito do seu blogger parabens
by: Myllena Maryna
p.s.eu não to logada porque eu esqueci minha senha mais meu blogger é o letradmusic.
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