Garota da Web

domingo, 26 de julho de 2009


Tudo começou no ano de 2003 quando a estudante de moda Mariana de Souza, teve a idéia de criar um fotolog e publicar imagens de artistas amadores, inclusive dela própria.

O nome da página foi batizado como Marimoon (nome inspirado no anime Sailor Moon), tendo imensa repercussão entre os internautas. Ainda hoje essa mesma página recebe mais de 200 visitas e comentários por dia.
Depois desse espontâneo e merecido sucesso Mariana aderiu ao seu nickname Marimoon e despontou pelo mundo virtual afora, tanto foi que passou a ser chamada pelos internautas mais afoitos de "musa da internet".
O diferencial dessa garota cheia de criatividade é a sua espontaneidade, o modo como interage e dialoga com os internautas e seu estilo super diferenciado e personalizado. MariMoon já coloriu as madeixas de rosa, roxo, vermelho,verde e atualmente aderiu a cor azul.
Seu guarda roupa sempre repleto de mini-saias, vestidos elaborados com desenhos inspirados em rock, blusas em cores fortes e apliques de metal, meias 7/8 coloridas, sem mencionar a imensa variedade de coturnos. Mari passa várias horas por dia em frente ao pc, respondendo inúmeros recados de fãs e cuidando de sua loja virtual.

A garota de cabelos coloridos decidiu torna-se estilista por acaso, criando para uso próprio roupas e acessórios.
O motivo dessa decisão era a dificuldade em achar os itens de que queria usufruir e nunca os encontrava nas lojas. Quando começou a criar suas primeiras peças teve a idéia de vende-las em eventos de anime, lugar esse que já estava familiarizada por ser uma de suas paixões e que, por coincidência ou não, tem tudo haver com a perspectiva de suas criações e, hoje, as coleções criadas são revendidas pela marca MissBella.
MariMoon que atualmente virou empresária, já participou de várias campanhas publicitárias e recentemente foi considerada uma das personalidades mais criativas da internet, está investindo no seu mais novo desafio, consolidar-se como VJ da MTV, desafio esse que deu início no ano de 2008. Intitulado Scrap MTV, o programa vai ao ar de segunda a sexta-feira ás sete e meia da noite e é apresentado por ninguém menos que a própria MariMoon.
O Scrap MTV é destinado ao público jovem e conta com convidados no estúdio, quadros, matérias e a participação da audiência por telefone e web. Os assuntos são os mais variados, e falam de música, moda e o universo pop, tudo isso amarrado ao mundo virtual, com direito a Mari em frente ao Note mostrando os mais diversos e criativos sites e blogs feitos pela galera do mundinho cibernético. O programa tem duração de quinze minutos e vale a pena conferir.
Uma boa pedida para quem curte uma idéia diferente.

Comentário da Autora da matéria: Em primeiro lugar gostaria de dizer que tive a idéia de fazer essa matéria porque o Scrap Mtv é o único programa da tv aberta que me faz sentar em frente a tv e assistir até o fim, sem ter nenhuma ânsia de vômito, vale ressaltar.
Os quadros do programa são criativos, diferenciados e algumas vezes até humorísticos. Adoro as dicas dos sites e blogs que a Mari nos proporciona com aquele jeito de amiga doidinha e divertida que na minha opinião, ela sabe fazer muito bem. As matérias de moda feitas pela própria Mari são as melhores, ela procura sempre mostrar as pessoas que ainda estão no anonimato ralando pelo sonho de ser reconhecido pelo que realmente gostam de fazer.
As matérias do repórter Didi sobre o universo pop, ou seja as fofocas, são hilárias. Com humor sarcástico ele conta em off cada escorregadinha das celebridades e de fundo ainda podemos ver aquelas montagens toscas e ao mesmo tempo engraçadíssimas, a voz de menino arco-íris dá toda a ênfase no quadro, bem divertido.
O cenário é bem legal, pequeno mas todo personalizado, colorido, cheio de desenhos de bichinhos e personagens kawais, um divã todo estiloso, um plasma de fundo e um Note. Tudo tem não só a cara da Mari mas a das pessoas que curtem esse universo jovem, criativo e personalizado. O que é definitivamente o meu caso.
Por fim e não menos importante temos a presença da sempre ótima Marimoon como a apresentadora do Scrap. É legal falar um pouco da Mari porque desde que fiquei sabendo dela pela primeira vez quando ainda era uma estudante de moda “anônima” no mundo real e reconhecida no virtual, sempre a achei extremamente criativa, descolada e jovem.
Amo o estilo rock, “alternativo”, diferente dos padrões que encontramos por ai. Roupas coloridas com estampas quadriculadas, xadrez, meias 7/8 coloridas, coturnos e acessórios com rebites e caveirinhas sempre me chamaram a atenção.
Como a Mari, sempre procurei esse tipo de roupa e sempre tive dificuldade em achar. Não é a toa que quando entrei na galeria do rock em Sampa pela primeira vez tive uma crise compulsiva de consumo =D
Falando em coisas alternativas, todo mundo que me conhece pelo menos um pouco sabe que amo a cultura asiática, especialmente o Japão, sempre amei anime e manga e desde adolescente curto ir a eventos que abordam esse tema, mais uma característica semelhante que a Mari possui e que consequentemente me chamou a atenção.
Enfim! Estava devendo um post sobre esse assunto, pois esse blog é feito de coisas que gosto, que estão presentes no meu dia a dia e também não deixa de ser uma dica bacana para quem não conhece sobre o assunto.

Espero que tenham gostado da dica e quem ainda não viu o ScrapMTV ou o trabalho dessa ótima estilista/blogueira/apresentadora vale apena dar uma conferida.

Por Nathália Nóbrega




















MariMoon: Making Of da revista atrevida


Uma espécie de Dona Flor e seus dois maridos!

domingo, 19 de julho de 2009

The Naked Kitchen

Sang in (Kim Tae Woo) vive um casamento feliz com a única mulher que teve como companheira desde a infância, a designer Mo Rae (Shin Min Ah). A jovem e doce Mo Rae é um exemplo de esposa, sempre fiel e carinhosa, ela opta por apoiar o marido mesmo quando ele decide sair do seu confortável emprego para perseguir o sonho de abrir um restaurante.
Após uma manhã atarefada preparando a celebração de dois anos de casada, Mo-Rae decide ir a uma galeria de arte afim de encontrar um presente especial para o marido. Na galeria ela esbarra com um total estranho e desse encontro nasce uma profunda atração entre eles, nesse mesmo momento atrás de uma divisória os dois acabam fazendo sexo inesperadamente.
Depois do “incidente” Mo-rae volta para casa sentindo- se culpada e decide confessar tudo ao marido. Sing In decide perdoa-la e eles escolhem esquecer o incidente e seguir em frente.

Para ajudar a torna-lo um renomado chef de cozinha, Sing-in convida o seu amigo Du Re (Joo Ji Hoon) para viver com eles e ensinar-lhe tudo o que sabe. Du Re é um jovem de 23 anos, mestiço de coreano e francês, que viveu quase toda a vida na França, tornando-se um renomado chef de cozinha.
Entretanto, uma inesperada coincidência acontece. Mo-Rae surpreende- se ao conhecer o misterioso Du-re, que nada mais é do que aquele desconhecido rapaz com quem ela havia traído o marido.
Du-re não conhece ninguém na Coreia e é assim que ele acaba indo morar na casa de Mo Rae e Sang-in.

Sendo assim, Mo Rae terá os dois homens de sua vida morando consigo. Dois tipos de amor distintos: Um fraterno e o outro Ardente. Qual será que ela escolherá?
Comentário da autora da Resenha: Como já deu para perceber o filme The Naked Kitchen é uma comédia romântica em que o foco principal é o complicado triangulo amoroso e ao mesmo tempo de difícil escolha para a disputada Mo Rae, personagem principal.
O diretor e ao mesmo tempo roteirista Hong Ji Young, criou um mundo restrito e bem humorado para os três personagens. O enredo é leve e ao mesmo tempo rico em detalhes. Os personagens vão criando laços cada vez mais fortes entre sí. Inclusive uma grande amizade vai se estabelecendo entre os três, mesmo com todo o dilema do relacionamento entre eles.
A fotografia é um dos pontos altos da trama, os cenários sempre claros com paisagens inspiradoras dão um ar de leveza e descontração. Os ingredientes que transformam-se em pratos deliciosos muito bem elaborados pelos personagens, permeiam na trama dando a sensação de requinte.
Vale frisar que o personagem mais inspirador foi o enigmático Du Re. Ele conseguiu cativar sendo o mais incrível e ao mesmo tempo o mais detestável. Ele é imaturo e egoísta, embora seja cuidadoso e profundamente carinhoso, o que acabou conquistando o telespectador. A escolha do sempre ótimo ator Joo Ji Hoon para interpretar Du Re também contribuiu muito.
Enfim, The Naked Kitchen foi um grande sucesso na Córeia do sul, estreando em janeiro deste ano nos cinemas de Seul, arrecadando ótima crítica. Vale a pena conferir.

O punk está morto. Vida longa ao Punk!

domingo, 12 de julho de 2009

Foto: Modelo: Nathália Nóbrega ; Fotografo/Designer Gráfico: Ricardo Maciel

Há quem diga que o espírito punk morreu. Não morreu, transcendeu. É comum achar as referências por aí. Dispersou-se em outras vertentes, se mantendo vivo e renovado. A valorização do rock que temos acompanhado na mídia, faz com que o hoje dito punk rock (ênfase no rock) viva de uma maneira inovadora e diferenciada.
Quem conhece a história do punk sabe que sua trajetória foi muito mais do que um simples gênero musical ou um estilo á seguir. Quando o punk rock veio ao mundo na década de 70, ser punk ou consumir suas músicas era um estilo de vida, um movimento onde pessoas engajadas acreditavam em um ideal e uma referência de vida era idealizada nas letras de cada música.

Em 1976, os Ramones e os Sex Pistols realizaram uma turnê pelo Reino Unido, que inspirou o surgimento da primeira leva de bandas punk britânicas, como The Clash, The Damned, The Buzzcocks e muitas outras através do princípio do "Faça você mesmo".
Os Ramones faziam um rock de alta voltagem. Suas músicas duravam, no máximo, dois minutos. Eles resumiram a regra sagrada do punk: três acordes, no máximo, por música e nada de solos virtuosos de guitarra. Cultivaram um visual pra combinar com a música, tanto é que a banda punk novaiorquina Television apresentou um novo visual de rua, com cabelos curtos e camisetas rasgadas.
Essas bandas não cantavam sobre paz e amor, cantavam sobre a vida na cidade grande de New York, o tédio e drogas.
Esta revolução americana foi vista por um jovem inglês chamado Malcolm McClaren, que estava em New York trabalhando como empresário da banda New York Dolls.

Em 1975, Malcolm retornou para Londres com uma idéia que iria agitar a cena musical.
Os Sex Pistols eram quatro adolescentes que frequentavam a Sex, loja de McClaren, em Londres.
Malcolm chamou Johnny Lydon para ser o vocalista e lhe deu o apelido de Johnny Rotten. Os Sex Pistols não tocavam tão bem quanto os Ramones, mas tinham atitude e sabiam provocar. Eles tinham todos os elementos certos para se tornarem os superstars do punk rock. Em outubro de 1976, os Sex Pistols assinaram com uma gravadora e em um mês lançaram "Anarchy in the UK".
Esta música alcançou o 38º lugar das paradas e cinco dias depois chegaram às manchetes de toda a Inglaterra.

A banda maltratou e xingou o apresentador de um programa de entrevistas ao vivo na televisão, resultando na revoltada da nação. Conclusão: a gravadora dos Sex Pistols os dispensaram.

Foi então que a banda teve a idéia de substituir o baixista Glen Matlock por Sid Vicious.
É nesse início de carreira que a banda passa a polemizar cada vez mais usando suásticas, símbolos comunistas e indumentária sadomasoquista num agressivo deboche aos valores políticos, morais e culturais (influenciados e patrocinados por Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, amigos aficcionados pelas idéias Dadaístas e sadomasoquistas).
Vivienne Westwood patrocinava e vestia os Sex Pistols

Depois disso os Sex Pistols assinou um novo contrato e lançou o single "God save the Queen" em março de 1977.
A capa mostrava a foto da Rainha Elizabeth com um alfinete espetado na boca.
Essa provocação foi considerada um insulto e aumentou a conotação anarquista da banda. As rádios se recusaram a tocar a música e as grandes lojas de discos a proibiram. Mesmo assim ela chegou ao 2º lugar nas paradas.
No entanto os Sex Pistols não eram os únicos punks da cena. O Damned, formado em 1976, era uma das bandas mais barulhentas, energéticas e divertidas da cena punk.
A maquiagem branca com delineador preto do vocalista Dave Vanian foi o começo do visual gótico.
Um visual que existe até hoje. Marilyn Manson e Brian Molko vocalista do Placebo são discípulos do Dave Vanian do Damned.
No entanto não erahomem que cuspia e usava maquiagem. O punk derrubou muitas barreiras e encorajou as mulheres a se rebelarem contra os estereótipos da sociedade. A pioneira do punk, Patti Smith, inspirou a Poly Styrene do X-Ray. As mulheres nunca foram tão hardcore. O punk abriu as portas para uma revolução na moda e na cultura popular, mas estava prestes a trazer a tona uma nova onda musical.
A banda The Clash se formou em 1975 e surgiu como uma das maiores bandas da cena punk britânica. Eles abriram os shows dos Sex Pistols na mal sucedida turnê "Anarchy in the UK", na qual os Sex Pistols foram proibidos de tocar em qualquer parte.
Em 1977, o The Clash lançou seu álbum de estréia, "The Clas", que a revista Rolling Stone chamou de "o álbum punk definitivo".

Os anos 80 chegou e com ele veio a comercialização das músicas que acabou gerando o fim do movimento punk, mas o seu ideal voltou nos anos 90.
O espírito punk reapareçeu no grunge. Tanto no punk quanto no grunge, o que importava era a expressão crua da emoção sobrepujando a técnica.
Ambos desprezavam o glamour e a bajulação que vinham com o sucesso. O grunge também falava de um sentimento de futilidade e desilusão entre os jovens.

O suicídio de Kurt Cobain em 1994 refletiu o mesmo elemento auto-destrutivo do punk que acabou matando Sid Vicious.
Em 1995, o grupo californiano Green Day entrou na parada de sucesso com a música "Basket Case". O seu som simples e cheio de energia fez com que a imprensa especializada começasse a falar sobre a volta do punk. As bandas californianas NOFX, Mxpx, Offspring e Rancid também faziam parte desta nova cena punk.
Atualmente, a atitude punk também pode ser encontrada em muitos estilos musicais, tais como dance, house, techno e industrial.

O espírito revolucionário do dance e do punk se uniram quando Leftfield chamou o ex-Sex Pistol Johnny Rotten para cantar na música "Open up", em 1993. Além da atitude punk na dance music, há também o visual semelhante, cheio de cores fortes, cabelos coloridos, muito metal nas roupas e piercings.
Em 1996, os Sex Pistols se reuniram para uma turnê. A vaga de Sid Vicious foi preenchida pelo baixista original, Glen Matlock.

Numa coletiva de imprensa, Johnny Rotten anunciou: "encontramos uma causa em comum: o seu dinheiro".
O punk nasceu causando pânico moral e durou somente alguns anos da década de 70, e hoje, embora não esteja totalmente domesticado, não só incorporou-se bem ao sistema como é uma de suas maiores vigas de sustentação.

O punk está morto.
Vida longa ao punk!
Por Nathália Nóbrega

"O punk foi uma completa revolta cultural. Foi uma grave confrontação com o lado obscuro da história e da cultura, com as fantasias da direita, com os tabus sexuais, uma investigação de maneira minuciosa que nunca havia sido feito antes por qualquer geração"


Reportagem excelente da emissora BAND sobre o MOVIMENTO PUNK no Brasil:

Para todos os gostos, para ambos os sexos!

sábado, 4 de julho de 2009

Foto de Capa: Modelo: Nathália Nóbrega ; Designer Gráfico: Ricardo Maciel

Foi-se o tempo em que suspensórios serviam apenas para segurar as calças. A última aparição do acessório foi nas coleções para o verão 2008 de diversos estilistas nacionais e internacionais e deu um up a visuais de vários estilos.

Por aqui, os mais moderninhos já aderiram ao acessório utilitário que vem reformulado sem a aparência de “roupa de avô”.
Os novos suspensórios contam com materiais mais atuais que o velho elástico colorido e são feitos de tiras de couro ou tecidos com
fibras de náilon e contam com fivelas mais atraentes que as convencionais.

Quanto à forma, eles possuem em sua grande maioria duas tiras separadas, presas sobre os bolsos da frente e de trás das calças que, portanto não se cruzam nas costas.
Uma das formas mais práticas de usar o suspensório é com uma camiseta ou baby look.
Você pode optar pelos suspensórios clássicos (preto, azul, cinza) ou coloridos.

Quando falamos de suspensórios no meio alternativo, rapidamente há quem se lembre dos punks ou, em casos extremos, dos skinheads. Mas o suspensório é uma peça prática e elegante que esteve no guarda-roupa masculino por pelo menos 300 anos no Ocidente.
Recentemente os suspensórios retornaram ao mundo da moda por conta do apelo vintage das últimas coleções, mas ainda não são uma peça largamente encontrada no Brasil, talvez por conta da falta de informação.

Uma das inspirações para essa tendência ter sido aderida ao guarda roupa feminino foi a estilista Coco Chanel, que se inspirou na vestimenta de seu namorado inglês e revolucionou a moda feminina. A alfaiataria masculina invadiu o universo da mulher moderna, em tailleurs, coletes, ternos e acessórios, como a gravata e o suspensório, antes só do "clube do bolinha".
Chanel lançou moda, e a tendência andrógina que aparentemente seria vista como masculinizada, anulando as curvas da mulher e destacando os cabelos curtíssimos, entra em cena com a nova postura feminina na sociedade e no mercado de trabalho.

Essa nova tendência tornou-se sinônimo de poder, sensualidade e fetiche. E hoje, seguindo o retrô da estação, em uma nova leitura de camisas e peças de alfaiataria, trazemos este editorial andrógino, para você ficar poderosa e nunca mais precisar invadir o guarda-roupa do seu namorado.


Por Nathália Nóbrega
 

Copyright © 2009 Grunge Girl Blogger Template Designed by Ipietoon Blogger Template
Girl Vector Copyrighted to Dapino Colada